A MINHA ODISSEIA...

domingo, novembro 25, 2007

3 Grandes Concertos

3 grandes concertos nos próximos tempos:
30 de Novembro - PETER MURPHY - O ex-vocalista do Bauhaus regressa a Portugal, ao Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia - é sempre um prazer reve-lo... eu vou!






















5 de Dezembro - NOUVELLE VAGUE - a belíssima banda de covers de hits dos anos 80, numa actuação que será mágica, colorida e romântica, no Teatro Sá da Bandeira, Porto... eu vou!























8 de Dezembro - e, para terminar, a melhor banda portuguesa do momento - CONJUNTO CONTRABANDO - um serão de puro rock and roll, com guitarradas à anos 50,para dançar a noite toda com uma bela femme fattalle... no bar Maus Hábitos, Porto... eu vou!



E, pronto, é um final de ano em estilo musical.... bons concertos e...
"um estranho amor"....
A strange kind of love
A strange kind of feeling
Swims through your eyes
And like the doors
To a wide vast dominion
They open to your prize

This is no terror ground
Or place for the rage
No broken hearts
White wash lies
Just a taste for the truth
Perfect taste choice and meaning
A look into your eyes

Blind to the gemstone alone
A smile from a frown circles round
Should he stay or should he go
Let him shout a rage so strong
A rage that knows no right or wrong
And take a little piece of you

There is no middle ground
Or that's how it seems
For us to walk or to take
Instead we tumble down
Either side left or right
To love or to hate...
Peter Murphy - "Deep" (1990)


quarta-feira, novembro 14, 2007

The Joy Division "CONTROL"


TOUCHING FROM A DISTANCE, um carinho à distância...

Finalmente, estreia hoje em Portugal o muito esperado filme "CONTROL" - a biografia de Ian Curtis, vocalista dos Joy Division. Nomeado para 9 categorias dos British Independent Film Awards, o filme baseia-se no livro de Deborah Curtis (Mulher de Ian Curtis) "Touching From a Distance: Ian Curtis and Joy Division", editado em 1995. Estreia em Portugal em exclusivo nos cinemas Medeia, e no Porto nos Cinemas Cidade do Porto. Estou ansioso por o ver.... e já tenho o cartaz!!!!
Não consigo descrever o fascínio dos Joy Division... apenas quem ouviu a sua música na adolescência e juventude pode perceber a dimensão daquelas letras, daquelas canções, que parecem que nos tocam na alma, que são as palavras e a música exactas para se ouvir em determinados momentos das nossas vidas ou estados de alma, geralmente associados a uma espécie de tristeza ou pelo menos àqueles sentimentos mais interiores, introspectivos, que de vez em quando decidem vir à tona e nos fazem ficar assim... distantes, pensativos, nostálgicos... algo de indefinido. E eles, melhor que ninguém, conseguiram traduzir esses sentimentos nas suas músicas e poemas. E, Ian Curtis na sua própria e curta vida. Além disso, tudo o que girou em torno da banda e de Ian Curtis também contribuiu para a sua dimensão, desde a origem do nome da banda (é o nome que no livro "House of Dolls" de Karol Cetinsky, é dado à zona onde as jovens prisioneiras judias de um campo de concentração nazi na Alemanha eram abusadas sexualmente pelos oficias nazis - the joy division), passando pelas suas letras depressivas, pela epilepsia de Ian Curtis que o fazia ter ataques e espasmos em plenos concertos (muitos deles devido à intensidade das luzes dos palcos), pela mudança do tom de voz de Ian Curtis nas canções, as suas performances em palco, e infelizmente, pelo seu suícidio em Maio de 1980. Por tudo isso, mas, sobretudo, pela sua música maravilhosa e pelos seus poemas de amor/solidão, foram uma daquelas bandas que fizeram avançar a história da música, explorando e abrindo caminhos até então desconhecidos. E acalentando o mal de vivre dos seus inúmeros fãs.
Os Joy Division formaram-se em 1977, em Manchester, tendo lançado apenas dois álbuns de originais: Unknown Pleasures em 1979, que causou um grande entusiasmo entre o público e a crítica, devido à sua sonoridade soturna e às letras intimistas. Destaque para as faixas "She's Lost Control", "Shadowplay", "New Dawn Fades" e "Disorder". Ainda em 1979, eles lançaram o seu primeiro single, o brilhante "Transmission".
Em 1980 editam o álbum Closer, saindo em Abril desse ano o single "Love Will Tear Us Apart", que viria a ser a música mais conhecida da banda, permanecendo ainda hoje com o fulgor e a excitação que provocou outrora.
A 18 de Maio de 1980, apenas com 24 anos, Ian Curtis suicida-se em sua casa, com uma corda no pescoço. Devido a problemas na sua edição, "Closer" tornou-se um álbum póstumo, só sendo lançado em Julho, e conseguindo chegar ao 6º lugar dos tops ingleses. Alguns meses mais tarde, os restantes membros da banda dão origem a uma outra banda que acabou por ser, também, uma das mais importantes da década de 80: os NEW ORDER. O resto da história é conhecida.
Don't Walk Away In Silence...

Ian Curtis Vocalista e autor das letras
Bernard SummerGuitarra, teclado
Peter HookBaixo
Stephen MorrisBateria











"Walk in silence,
Dont walk away in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Dont walk away in silence.
Walk in silence,
Dont turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Dont walk away in silence.
People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Dont walk away in silence,
Dont walk away in silence"
Joy Division - Closer, 1980

segunda-feira, novembro 12, 2007

HEROES


I, I will be King, and you, you will be my Queen.....


HEROES - David Bowie

"You, you can be me,
And I, I can be you
Cause we’re lovers, and that is a fact,
Yes we’re lovers, and that is that is that
Oh, nothing
Will keep us together
We can beat them
For ever and ever
Oh, we can be Heroes
Just for one day
What d'you say?

I, I wish you could swim
Like the dolphins
Like dolphins can swim
Though nothing
Will keep us together
We can beat them
For ever and ever
Oh we can be Heroes
Just for one day

I, I will be King
And you
You will be my Queen
Though nothing will
Drive them away
We can beat them
Forever and ever
We can be Heroes
Just for one day

I, I can remember
Standing
By the wall
And the guns
Shot above our heads
And we kissed
As though nothing could fall
And the shame
Was on the other side
Oh we can beat them
For ever and ever
Then we can be Heroes
Just for one day

We can be Heroes
We can be Heroes
We can be Heroes
Just for one day
We can be Heroes"

sábado, novembro 10, 2007

O CRIME - PARTE 2

E pronto, ficamos reduzidos à vulgaridade dos centros comerciais gigantes, com os seus filmes americanos e as suas doces pipocas. É o Admirável Mundo Novo, em tons cor-de-rosa...

Notícia do Público (Local Porto) de 03/11/2007:

"Cinemas Cidade do Porto correm o risco de fechar "

Sérgio C. Andrade

"Os cinemas do Cidade do Porto, quatro salas instaladas no centro comercial com o mesmo nome na zona da Boavista, correm o risco de fechar no final do ano. Segundo o PÚBLICO apurou, a administração do shopping invoca incumprimento de contrato para avançar com o encerramento. António Costa, representante no Porto da Medeia Filmes, empresa que programa as salas desde a inauguração do Cidade do Porto em 1994, confirma a recepção de uma carta de denúncia do contrato (que deveria valer até 2012) e com a indicação de que a exploração do cinema deverá terminar no dia 3 de Janeiro.O gerente das salas confirma que a Medeia Filmes tem em atraso o pagamento da renda, que tinha sido já renegociada no início deste ano, mas justifica o facto pela crise que afecta a exibição cinematográfica em todo o país. "Tentámos, numa reunião, voltar a renegociar o contrato, chamando a atenção da administração para o serviço cultural e também para a mais-valia que os nossos cinemas significam para o shopping e para a própria vida social da cidade", diz António Costa, acrescentando que os cinemas têm conseguido nos dois últimos anos estabilizar o número de espectadores - cerca de 100 mil por ano. A confirmar-se o fecho dos Cidade do Porto (quatro salas com 550 lugares), o parque cinematográfico dentro da cidade fica restringido ao multiplex DolceVita, nas Antas, que tem uma programação idêntica à dos outros shoppings no Grande Porto, em grande parte dominada pela produção americana. Os Cidade do Porto (em conjunto com a pequena sala-estúdio do Campo Alegre) são praticamente os únicos ecrãs aonde chegam o cinema português e as cinematografias europeias ou asiáticas. Não nos foi possível, ontem, obter a confirmação nem qualquer comentário da administração do Shopping Cidade do Porto sobre a eventualidade do fecho dos cinemas. "

segunda-feira, novembro 05, 2007

O CRIME









Porque depois dos Gregos não existe mais nada.
Para Atena, de Olhos Brilhantes...

"Em Outubro deste ano, guindastes sofisticadíssimos e da mais apurada tecnologia subiram muito acima dos 10 metros e 43 centímetros das colunas dóricas do Parténon, para arrancar do friso da face norte do templo um bloco de mármore de 2,3 toneladas. Cerca de 2500 anos depois de ter sido colocado, esse bloco foi levado pelos ares para aterrar no novo Museu da Acrópole, a inaugurar em 2008.
O saque vai continuar nas próximas 5 semanas, até que todas as esculturas dos frisos e das métopas do Parténon, bem como outros elementos decorativos, sigam o mesmo destino. Serão cerca de 4000, tudo o que de Fídias, ou dos seus díscipulos, se conservava ainda na obra suprema do seu criador. Quem viu o Parténon até Setembro de 2007 nunca mais o verá igual. Verá as 17 colunas dóricas do períptero, mas das figurações da Gigantomaquia, da Amazonomaquia e da Guerra de Tróia nada restará nos tríglifos e nas métopas. Tão despido, tão saqueado, ao longo dos seus 2500 anos de existência, o Parténon, no mês em que, antigamente, as virgens ao sol poente se prostravam diante de Atena Parténos (Atena, a Virgem) e de Hefestos, ficará finalmente nu, talvez rodeado por uma teia tão invisível, mas tão impenetrável, quanto aquela em que o mesmo Hefestos aprisionou os adúlteros Afrodite e Ares, para gáudio dos outros deuses e vingança própria.
E, tal como todos os deuses do Olimpo, ao que consta, vieram junto do leito de Afrodite para admirar a dúplice façanha, ministros, embaixadores, arqueólogos, arquitectos e uma multidão incontável se reuniram agora, cerca de 300 metros mais abaixo, para admirar a ascensão e descida do mármore pentélico em que Renan viu cristalizado o ideal grego. Não me disseram de que métopas se tratou. Seria aquela em que Menelau reencontra Helena? Ou a da fuga de Eneias sob a protecção de Afrodite? Tanto não me disseram, mas parece que todos igualavam em júbilo as Panateneias, enquanto os corpos jónicos eram transladados para um museu, de vidro e betão, concebido para ser transparente. Durou tudo uma hora e meia, uma terrível hora e meia.
Como o ministro da cultura grega aproveitou para sublinhar, pela primeira vez os mármores saíam “legalmente” do Parténon. Por decisão de um governo legítimo, após estudos que demoraram décadas, deixando de estar expostos ao irreparável ultraje do tempo, às frias ventanias de Inverno, ou à insuportável canícula do Verão. Ficarão, agora, abrigadinhos, num museu com a climatização devida, onde poderão continuar a ser admirados pelos turistas, agora muito mais próximos do olhar deles, que pouco enxergavam na Acrópole de estátuas corroídas e longínquas, tantos, tantos metros acima da cabeça deles. Os deuses, ou o que dos deuses resta, desceram à terra e poderemos vê-los em campo-contracampo, à altura do nosso olhar.
Saques foram os outros de que reza a história. O perpetrado pelos cristãos, mil anos depois de Péricles, quando transformaram o templo em igreja cristã e de lá levaram, para a despedaçar, a estátua criso-elefantina de Atena, obra-prima de Fídias, de que hoje só podemos fazer uma pálida ideia por reproduções discutivelmente aproximativas. Aquele, comparativamente menos bárbaro, que os turcos cometeram em 1458, quando transformaram a igreja em mesquita, com minarete e tudo. Saque muito mais violento foi o de 1687, quando os turcos em guerra com os venezianos, lá instalaram um paiol de pólvora que as armas da Sereníssima fizeram ir pelos ares, destruindo completamente o centro e a cobertura do edifício, que, apesar de tudo, haviam resistido cerca de 2000 anos. Saque, finalmente, foi o que o sétimo conde de Elgin, Thomas Bruce, mandou fazer, com a autorização do governo turco, que à época dominava a Grécia, quando removeu do Parténon grande parte dos mármores das fachadas sul e oriental, entre 1801 e 1803, para os levar para Londres, onde, hoje, são a maior glória do British Museum, operação “legalizada” por uma venda draconiana em 1816.
Porque falo então de saque ou de novo saque? Porque, por melhores que sejam os argumentos dos preservadores (…) o imenso fascínio do Parténon (é muito mais que fascínio) é inseparável, para nós, que nunca o vimos como foi concebido e como terá existido entre o século V a.C. e o século V d.C., do que dele subsistiu. As colunas recortadas contra o céu continuam a criar, como foi querido que criassem, na sua imperceptível reentrância (o que os gregos chamavam entasis), a ilusão de um volume que é mais piramidal do que paralelepipédico. Mas, como tudo foi concebido em função daquele espaço, daquele mar, daquele céu, daquelas cores, daquela altura, toda a deslocação desloca também o sentido. Acredito piamente que, num museu, as estátuas que subsistiram subsistam por muitos mais anos do que se continuassem ao “ar livre”. Só que elas são inseparáveis do ar livre. Quando não há outro remédio (e isso sucede para a maioria da estatuária grega) a beleza continua a existir, mas a perda não a podemos medir. Quando o monumento radical subsiste, como é o caso do Parténon, sacrificar-lhe o todo em função da salvaguarda das partes (…) parece-me um saque, no sentido próprio da palavra. Roubarem ao Todo o que só Todo é, mesmo que desse Todo só parte haja subsistido.
Por isso, neste ano em que são roubados ao Parténon os últimos elementos que nele restavam do que foi parte integrante dele, penso e sinto que assistimos a um novo saque, com a boa consciência de quem não está a destruir mas a salvar, que talvez seja pior do que o acto de destruição (...).”

Excertos de "O Novo Saque do Parténon" de João Bénard da Costa, in Público (P2) 21/10/07


































quinta-feira, novembro 01, 2007

THE VELVET UNDERGROUND

Retomo o post anterior para acrescentar algo muito importante. É que o advento das tais bandas nova-iorquinas precussoras do Movimento Punk nos inícios da década de 70 não teria sido possível sem a influência musical, cultural e estética de outros nomes uns bons anos anos antes. Pessoas como David Bowie, Iggy Pop (mais tarde com os Stooges, outra banda mítica do movimento), ou bandas como os psicadélicos Pink Floyd dos anos 60, os Stones no seu início, e definitivamente, a banda de que falo neste post: os Velvet Underground, banda que aprecio particularmente, e que considero que tiveram uma grande influência na música feita na década de 70, 80 e 90.
The Velvet Underground, banda formada em 1964, por Lou Reed (voz e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (baixo), Doug Yule (que substitui Cale em 1968), Nico (voz), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (que substituiu Angus MacAlise).

Os Velvet Underground foram uma das bandas mais inovadoras da década de 60, caracterizados pelo seu experimentalismo musical, fora dos padrões musicais e comerciais da época. A banda tinha como mentor intelectual (e, mais importante, financiador) o artista plástico Andy Warhol, que se dizia cansado da pintura e promovia incursões por outras áreas artísticas como a música e o cinema. Apesar das suas grandes músicas, a banda nunca teve um grande sucesso nesta época, e existiu sempre sob grandes conflitos internos, sobretudo entre Lou Reed e Jonh Cale, ambos com ideias muito diferentes sobre o estilo musical que queriam dar à banda.
O primeiro disco, "The Velvet Underground and Nico" (1967), notabilizou-se pela capa da banana criada por Andy Warhol, e pela influência que teve em bandas futuras, existindo uma lenda que refere que quem ouviu este disco montou uma banda logo a seguir.
"White Light/White Heat" foi lançado em 1968. Nesse ano, John Cale, responsável pelos experimentalismos musicais mais inovadores da banda, saiu do grupo, passando Lou Reed, de cariz mais poético, a ser o único líder.

No ano seguinte, 1969, é editado o 3º álbum, chamado simplesmente "The Velvet Underground", e em 1970 lançam o último disco com Lou Reed na banda - "Loaded". Após a saída do vocalista e guitarrista em 71, a banda continuou activa nos dois anos seguintes, mas, já sem o carisma e o brilho dos seus dois grandes criadores - Reed e Cale (que iniciaram carreiras a solo, Lou Reed num registo pop/rock, e Jonh Cale enveredando por composições mais eruditas). Encontrar-se-iam os dois novamente em 1990 para lançarem um trabalho a meias "Songs for Drella" de homenagem e memória a Andy Warhol, que tinha falecido em 1987.
Em 1993, os Velvet Underground voltam a reunir-se e fazem uma pequena digressão pela Europa, lançando no ano seguinte o álbum duplo ao vivo gravado nesses concertos "Live MCMXCIII", com as principais músicas da carreira da banda.
Eis, para mim, o tipo de banda que estava bem à frente da sua época - The Velvet Underground.
Fica a letra e a música de uma das minhas canções preferidas: Femme Fatale, com Nico (alguém se lembra do nome da banda que tinha uma versão da música Femme Fatale que passava no States?).
FEMME FATALE
"Here she comes, you better watch your step
She's going to break your heart in two, its true
Its not hard to realize
Just look into her false colored eyes
She builds you up to just put you down, what a clown

cause everybody knows (shes a femme fatale)
The things she does to please (shes a femme fatale)
She's just a little tease (shes a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks

You're written in her book
You're number 37, have a look
Shes going to smile to make you frown, what a clown
Little boy, she's from the street
Before you start, youre already beat
She's gonna to play you for a fool, yes its true

cause everybody knows (shes a femme fatale)
The things she does to please (shes a femme fatale)
She's just a little tease (shes a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks
Ohohohohuuuuuu
Ohohohohuuuuuu"
The Velvet Underground and Nico