A MINHA ODISSEIA...

domingo, outubro 28, 2007

Never Mind The Bollocks - Here's The Sex Pistols - 30 ANOS



28 de Outubro de 1977 - é editado o 1º e único álbum de originais dos Sex Pistols, o disco mítico da banda ícone por execelência do Movimento Punk.

Tudo começou na 1ª metade da década de 70 em Nova Iorque , onde surgiram uma série de bandas como os New York Dolls, os Talking Heads, Television ou os também míticos Ramones, entre outras, que tocam músicas rápidas, simples, de 3, 4 minutos e com uma energia e intensidade nunca vistas até então. Ora, por essa altura, vivia em Nova Iorque um certo senhor inglês, Malcom McLaren (que produziria um brilhante disco nos anos 90 - PARIS), que chegou a ser empresário/manager dos New York Dolls, e que ficou fascinado com a atitude, comportamento e estética destas várias bandas nova-iorquinas. Regressado a Londres em 1975, e depois de perceber que o que valia no mundo do rock era muito mais a atitude do que o som, McLaren decidiu construir uma banda segundo os seus novos padrões. Ajudado pela estilista Vivienne Westwood, montou uma loja de roupas, adereços e acessórios chamada SEX, e transforma-a no epicentro do terramoto que sacudiria o mundo da pop/rock - juntamente com os Sex Pistols.

Reunir os quatro Pistols foi fácil: Steve Jones e Paul Cook (guitarrista e baterista) viviam na loja SEX. Glen Matlock (baixista antes de Sid Vicious) era o empregado da loja aos sábados. E o vocalista era um frequentador da loja, um adolescente de dentes podres chamado John Lydon (mais tarde Johnny Rotten), que nunca tinha cantado na vida antes, mas que foi aprovado pela sua postura e comportamento anti-social. O primeiro concerto acontece a 6 de novembro de 1975, sendo um fiasco inevitável, pois, os membros da banda praticamente mal sabiam tocar. Mas, a partir daqui o movimento era já imparável. Mais do que uma revolução musical - de reacção aos conceitos que guiaram o rock & roll no seu ínicio nos anos 50 nos EUA - o Punk foi um movimento social e cultural alicerçado no clima de crise que se vivia na Inglaterra. Em 1976, as taxas de desemprego eram as maiores desde a 2ª G.M. e o governo conservador da Srª Thatcher era contestado por milhares de pessoas da classe operária inglesa que se viam sem futuro. O No Future tantas vezes cantado pelos Sex Pistols na música "God Save the Queen". Desde o primeiro momento que o grupo se destaca pela sua atitude de confronto em palco (os seus concertos acabavam quase sempre em pancadaria entre os espectadores, entre a banda e os espectadores e entre todos com a polícia), e por canções e letras que clamavam pela negação de todos os valores sociais e morais estabelecidos na monárquica e conservadora Inglaterra. Assim, rapidamente se tornaram no alvo principal do circo mediático, com concertos tumultuosos, declarações provocadoras à imprensa e conflitos com várias editoras. Para isto contribuiu em muito a passagem da banda pelo programa "Today" da BBC em 1 de Dezembro de 1976, apresentado pelo popular Bill Grundy e transmitido em horário familiar: o programa acaba a sua emissão com Steve Jones a chamar "dirty fucker" e "fucking rotter" ao apresentador, tornando-se num escândalo nacional. Também a 7 de Junho de 1977, no fim de semana das comemorações do Jubileu da Rainha, a banda toca num barco em pleno Tâmisa, em frente ao Parlamento, sob uma apertada vigilância policial. Enquanto decorriam as cerimónias, a banda tocava o "God Save the Queen" para gáudio de centenas de espectadores na Oxford Street.

No verão de 77 o Punk estava por todo o lado, já com inúmeras outras bandas que entretanto tinham surgido desde 1976, como os The Damned, os The Stranglers (o single "There's allways the Sun" não pára de tocar na minha aparelhagem), os Siouxsie & The Banshees (cujo 1º baixista, de nome Robert Smith, seria líder, nos anos 80, de uma "pequena" banda que daria a volta à cabeça de milhares de adolescentes pela Europa fora chamada THE CURE) , ou os Generation X (que contava com um vocalista endiabrado chamado Billy Idol). E, sobretudo, com outra das bandas míticas do Punk: os The Clash (que, a meu ver, foram muito mais importantes para a História da música do que os Pistols) - Joe Strummer, vocalista; Mick Jones, guitarra, Paul Simonon, baixo e Terry Chimes, baterista.

É neste contexto social e cultural que, a 28 de Outubro de 1977, os Sex Pistols editam o "Never Mind the Bollocks". Disco emocional, de energia pura e crua, provocador e desafiador das convenções estabelecidas, transforma a raiva numa ideologia, fascinando gerações sucessivas. Quando foi lançado, desalojou Cliff Richards do 1º lugar do Top britânico, e foi banido de inúmeras lojas devido à palavra "bollocks". 30 anos depois, continua a ser o documento que melhor personifica o espírito Punk. Nas palavras de Lydon: "Ser punk naquela época era gritar alto, tão alto, tão alto como se fosse morrer naquele preciso instante e não me deixassem gritar". A história da banda termina em Janeiro de 1978, após a digressão pelos EUA, e com a tragédia que se conhece, em 1979, com a morte por overdose de Sid Vicious.

Em 14 de Setembro de 2007, os integrantes da formação original do Sex Pistols (Johnny Rotten, Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock) anunciam sua volta aos palcos para um concerto único, no dia 8 de novembro de 2007, na Brixton Academy, em Londres, exactamente com o objectivo de comemorar os 30 anos do álbum "Never Mind The Bullocks" e também de realizar o seu relançamento numa nova edição.




PUNK IS NOT DEAD

quinta-feira, outubro 25, 2007

Canções de AMOR

Porque será que gosto tanto de canções de Amor?




Aqui fica mais uma... para ler e ouvir...

Arcade Fire


Crown Of Love


"…They say it fades if you let it,
love was made to forget it.
I carved your name across my eyelids,
you pray for rain I pray for blindness.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love is fallin' from me.
If you still want me, please forgive me,
because the spark is not within me.

I snuffed it out before my mom walked in my bedroom.

The only thing that you keep changin'
is your name, my love keeps growin'
still the same, just like a cancer,
and you won't give me a straight answer!

If you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallin' from me.
If you still want me please forgive me
because your hands are not upon me.

I shrugged them off before my mom walked in my bedroom.

The pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,
'cause the spark is not within me.
it's not within me, it's not within me.

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word that I can say

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word, the only word that I can say!

Only one that I can say!

La la la, La la la…"



Arcade Fire "Funeral" (2005)







http://www.youtube.com/watch?v=IJjEQO-gG3Y

terça-feira, outubro 23, 2007

IF THE WORLD ENDS...

Mais uma pérola da música alternativa britânica:


Guillemots - álbum "Trough the Windowpane" (2006); faixa "If the world ends" - Um dos melhores álbuns de 2006. A descobrir...



Para um Outono suave, à beira mar....


"If The World Ends"

I just about managed to forget you
when you appear in a dream


and you're even more beautiful there than i remember you being


so i've come to decide that fate
is telling you to not go
and considering this
i want you to know

if the world ends
i hope you're here with me


i think we could laugh just enough
to not die in pain


if the world ends
it won't finish you
you're not the type they can capture
you flit like a fly catcher
they can't pin you down
can't pin you down

in my dream you're playing with
buckets of sand


and water was running through both of your hands


and i dont think
i ever heard you speaking


cause i was too wrapped up in the dream
i was dreaming


so if the world ends
i hope you're by my side
i don't think with you here
it will be too much pain


and when you cry
darling i wish you'd feel my love


your heart is way beyond capture
flitting like a fly catcher
they can't pin you down
whoa, they can't pin you down
can't pin you down
can't pin you down
can't pin you down...


Guillemots - "Trough the Windowpane" (2006)







terça-feira, outubro 09, 2007

CHE

Ernesto "Che" Guevara de La Serna - 09/10/1967 - Há 40 Anos, algures na Bolívia... Hoje, para Sempre.
CHE
“O foco guerrilheiro existe sempre.
Em cada um de nós existe um foco.
Uma guerrilha possível, uma insubmissão.
Nem é preciso procurar além a serra, o lugar propício, inacessível
A serra está em nós.
Começa em certas noites no nosso próprio quarto,
Irrompe subitamente sobre a mesa de trabalho
Pode aparecer à esquina, em plena rua.
(...)
A qualquer momento, qualquer um pode dizer: eu sou o Che.
Ou mesmo sem o dizer pode partir.
Ou não partir. Mas de qualquer modo desaparecer.
Subir a uma montanha de si
Criar um foco
Um centro de irradiação
Tanto pode ser uma guerrilha como um poema
Ou um silêncio.
Ou até porque não um amor secreto.
Ou simplesmente uma recusa.

Algo de diferente
Um gesto que provoque uma alteração de ritmo
Uma ruptura
Uma súbita e nova relação mágica
Consigo mesmo e com os outros.”

MANUEL ALEGRE - Excertos de “CHE”, 1997
Imagem de Alberto Korda

quinta-feira, outubro 04, 2007

Sputnik


No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou de Baikonur, a bordo de um foguete R-7, o primeiro satélite artificial do mundo: o Sputnik 1.


O satélite pesava apenas 83 quilos e tinha o tamanho de uma bola de basquete. O lançamento gerou o temor nos americanos, de que os soviéticos já tinham a tecnologia capaz de lançar contra os Estados Unidos mísseis com ogivas nucleares.


Este facto foi um dos geradores da "Guerra Fria" entre os Estados Unidos e a União Soviética, mas, iniciando, igualmente, uma transformação tecnológica sem igual em todo o mundo.


Entrávamos, assim, na era da cultura Pop no mundo ocidental.


Parabéns Sputnik, e OBRIGADO......

quarta-feira, outubro 03, 2007

THE SOPRANOS






Começa na próxima 2ª feira, 8 Outubro, a VI e última série da mais grandiosa série de TV dos últimos anos. Finalmente iremos saber o destino final de Anthony Soprano e da sua família de mafiosos.


Para quem cresceu com os clássicos do Cinema Negro dos anos 40 e 50, filmes a preto e branco do mundo da espionagem e de gangsters sedutores; nos anos 70, com os mestres Coppola e Scorcese; e nos anos 90 com o genial Tarantino, esta série é imperdível.


Espero que ganhem os maus......



Descubram as diferenças, ehehehehehe - Homer Soprano